(hoje andei numa veia criativa...às tantas da madrugada)
"-E se eu hoje não quiser estar feliz? E se eu hoje disser que não, não vou ser a catástrofe natural a que estás habituado? Se eu apenas quiser estar no meu canto que me vais fazer? - disse ela batendo com o punho na mesa.
- Posso obrigar-te. Pode haver um motivo para estares nesse estado que parte o coraçao de uma pedra mas há muitos mais que te façam levantar! Pensa... Pensa naquelas pessoas que gostam de ti, naquelas que se preocupam contigo! - respondeu ele indignado amarrando-a pelos braços.
Sem reacção ela solta-se do abraço forçado.
- Falas daquelas que deixaram que eu gregasse os sapatos e calças até que estes tivessem de ir para a lavandaria? - Diz ironicamente com desdém no olhar. Está magoada.
- Não! Olha à tua volta! És acolhida aqui! És amada! Que mais podes desejar?
- Não sou amada pelas pessoas certas... - Confessou ela num múrmurio.
- E a pessoa certa é quem? Será que existe mesmo uma pessoa certa? Bolas vocês raparigas e a pessoa certa! Vivam a vida com um pé à frente do outro!Um dia de cada vez! - Gritou ele revoltado. Viu que a expressão dele a assustava e sorriu docemente. Desconhecia como isso a fazia sentir-se tão bem e ao mesmo tempo tão mal. - Para quê ficar com um se podes provar muitos?
A raiva subiu pelo corpo dela semelhante a cianeto.
- Já cá faltava a tirada machista! Come todos é o que dizes? Viver um dia de cada vez? É por viver um dia de cada vez que estou assim. É por ainda acreditar que eu também posso ser amada por alguém que ame... - Declarou de olhos postos no chão. Era incrível como naquele momento se sentia fraca, desprotegida, desnuda... Com ele assim, preocupado com ela. Sem saber exactamente a razão. Porque é que ele não a largava?
Com delicadeza ele pegou no queixo dela e ergueu os seu olhos, naquele momento numa tonalidade semelhante à do topázio, devido às lágrimas retidas.
- Quem é que te pôs assim? Diz-me só porque é que quando eu estou imensamente feliz tu ficas triste.
Os olhos dela fixaram os dele. incrivelmente belos e translúcidos de preocupaçao. Era quase como se ela visse o que ia dentro da alma. A felicidade e, ao mesmo tempo, a preocupação. Como queria que as coisas tivessem tomado um rumo diferente! Como ela desejava não ter cedido os seus sentimentos e ter deixado que determinados actos a magoassem.
- Tu realmente não percebes... Nem com um milhão de provas entenderias o meu tormento. E também desejo que não o connheças por agora. Fazer-te-á melhor. Mas uma coisa tu sabes e bem. Eu não estou feliz. Se tu estás óptimo, apoio-te... Longe de mim afectar os outros. Mas não me peças que ria também. Sê feliz por ti... Porque de alguma forma eu irei sarar... Apenas deixa-me aqui, onde estou."."

(Isto é uma obra de ficção com algum "não sei bem o quê" de realidade. Limitei-me a escrever. Escrevo a horas bárbaras. Mas espero assim poder mostrar que não grego só vinho tinto. Aliás, se alguém gostar espero que percebam quando eu implorei para escrever é porque precisava mesmo de escrever... A inspiraçao não surge todos os dias. Se eu estivesse a 100% nunca escreveria uma coisa tão... sentida. Espero sinceramente que alguém goste.
Amanhã dia de praxe OBRIGATORIA. Não me posso esquecer de brindar a Izzie com um sorriso gigante. Ela ainda os merece... É uma grande amiga. Mais, é um exemplo de força. E por mim, por ela, e por aqueles pobres diabos que ainda querem ser felizes neste século... Eu vou recuperar.)
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